O escritor Jorge Lourenço levantou em seu blog a discussão sobre preconceitos na literatura. Entre a diferença do autor que, consciente ou não, repete os mesmos estereótipos de obras anteriores, e aquele que mostra um mundo cheio de preconceitos, mas de maneira crítica.
Leitores de fantasia, FC e terror estão mais acostumados com o primeiro tipo de autor. Porém cada vez mais escritoras e escritores têm mostrado como a chamada literatura de entretenimento pode ser um campo fértil para obras progressistas.
Não é porque uma obra é de entretenimento que
ela está livre para ser leviana.
Toda expressão de
arte é política, mesmo que o autor não tenha consciência disso. Então, é muito
melhor quando se cria sua obra sabendo do impacto, das consequências, que
ela terá em seus leitores. Claro que um autor cheio de
preconceitos pode atingir milhões, defendo uma visão de mundo que incita o ódio.
Mas também há a possibilidade do contrário.
Seja
escrevendo sobre super-heróis ou um drama familiar, cada personagem e cada rumo
da trama carrega vários significados, explícitos e implícitos. Qualquer um que
crie arte e queira se comunicar com as pessoas deveria ter em mente que pode
lutar contras os preconceitos por meio de sua obra, mas não de maneira panfletária
e chata.
Cada autor está livre para escrever o que quiser, mas sua obra não
pode servir de veículo para perpetuar preconceitos e visões estreitas do mundo.
Ser inclusivo é uma maneira de mostrar qual é sua real capacidade como
escritor, até onde pode ir sua imaginação, seu entendimento sobre as pessoas,
sobre a vida.
(Para ler o artigo de Jorge Lourenço, clique na imagem.)
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